terça-feira, 8 de abril de 2008

Resposta para endividamento rural só amanhã

Foram três horas de intensa negociação entre parlamentares da bancada ruralista e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Reinhold Stephanes (Agricultura). O resultado é avanço em relação aos juros e mais prazos para o pagamento dos débitos vencidos e a vencer.
Há um ano a dívida agrícola vem sendo estudada e exaustivamente discutida com equipes do governo. O ministro da Agricultura antecipou apenas que, em relação às operações de custeio alongado, a taxa de juro será reduzida de 8,75% para 6,75%. E disse existir um consenso em torno de 14 anos para a prorrogação de alguns grupos de dívidas.
O deputado federal Homero Pereira (PR-MT) afirma que não há ainda um número fechado do volume total a ser prorrogado, acredita, porém, que será maior do que o anunciado na semana passada R$ 56 bilhões. “Queríamos que as parcelas (dos programas) fossem 100% prorrogadas. Porém, temos certeza de conseguir o máximo permitido. Esse um ano em que mantivemos a negociação aberta não foi em vão. Conseguimos convencer o governo da importância e necessidade de resolver o endividamento.
Mantega afirmou ter ciência da demanda de alimentos no mundo, e que as dívidas são um entrave para o Brasil crescer”, disse Pereira. Stephanes admitiu haver um entendimento para ampliar prazos de pagamento da dívida de custeio e de investimento dos produtores de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. Dois estados com graves prejuízos, o primeiro por precariedade logística e o segundo, quebra de safra.
Durante as reuniões de negociação, o governo sinalizou a possibilidade de ampliar o prazo de pagamento das dívidas de custeio em 2 anos, alongando para 5 anos para a quitação dos débitos. E dos investimentos, o governo sinalizou ampliar para 3 anos, cuja parcelas poderiam ser pagas em 8 anos, atualmente é de 5 anos. Esses prazos ainda estão em negociação.
Todos os pontos abordados na reunião de hoje (08.04) serão formatados em um documento, a ser avaliado amanhã pelas entidades de classe e parlamentares ruralistas. Para, em coletiva marcada para amanhã (19.04) à tarde, ser anunciada a medida oficial.“Acredito que esse processo longo e desgastante terá efeito positivo para o setor. Vamos conseguir resolver grande parte do problema. Restaram alguns casos pontuais de cada região e culturas”, concluiu Homero Pereira. Autor: Joana Dantas Fonte: Ass. Imprensa Homero Pereira.

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