quarta-feira, 21 de maio de 2008

Crise de alimentos pode ser oportunidade para o produtor, diz Hamm

O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) usou a tribuna da Câmara dos Deputados, na última semana para abordar dois importantes assuntos para o setor do agronegócio. O parlamentar falou sobre a crise mundial dos alimentos e o aumento dos elevados preços dos insumos agrícolas que impedem a expansão da produção.
Hamm comenta que a crise alimentícia no mundo pode se traduzir em excelente oportunidade para o crescimento do agronegócio brasileiro. O País é uma das nações mais preparadas para suprir a atual escassez de alimentos, porque tem grandes extensões de terras aráveis com a capacidade de produzir alimentos com qualidade, além disso, existe mão-de-obra qualificada e a dedicação dos agricultores ao segmento.
O deputado observa que o Brasil tem condição de ser líder mundial na produção de diversos produtos agrícolas, entre eles: a soja, a carne bovina e as frutas. "Essa potencialidade sinaliza que o País poderá ser a solução do problema da inflação dos alimentos para o mundo", sintetizou.
A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) é que, neste ano, a safra atinja um recorde de 142,03 milhões de toneladas de grãos colhidos. "O País ainda tem muito que explorar dessa capacidade produtiva. Hoje são 400 milhões de hectares de terras produtivas. No entanto, desse espaço apenas 60 milhões de hectares são utilizados para o cultivo de lavouras e pomares", complementou.

Preços elevados
Apesar de toda essa potencialidade, o parlamentar argumentou que de outro lado o Brasil enfrenta a alta exorbitante do preço dos insumos agrícolas. "Fato este que desmotiva os produtores a realizarem mais investimentos no setor", lamentou Hamm ao argumentar que é inadmissível aceitar que o preço médio dos insumos tenha subido mais de 100% no decorrer do último ano.
O deputado apresentou dados da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (FEDERARROZ) que aponta reajuste, de abril do ano passado para este ano, de 72% no preço do frete por tonelada; 40% no dessecante (glifosato); 30% na tonelada da uréia; e 60% no custo da semente.
O Rio Grande do Sul é um dos Estados mais prejudicados pela alta dos insumos. Os produtos agrotóxicos são responsáveis por 40% dos custos das lavouras. O Estado tem uma área plantada de mais de 7 milhões de hectares e uma colheita de mais de 20 milhões de grãos ao ano.
O deputado Afonso Hamm ressaltou que defende a criação de uma agência reguladora dos preços de insumos e fertilizantes agrícolas. Também considera necessário que o governo incentive a produção nacional de fertilizantes. O parlamentar pede a intervenção do Governo Federal com o propósito de estabelecer estratégias para evitar os aumentos abusivos nos preços de defensivos e fertilizantes.
O parlamentar informou que na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, está sendo discutida a criação de uma Subcomissão para tratar do alto preço dos insumos agrícolas. "Pode ser o primeiro passo a ser dado para combater os elevados preços desses produtos. Entre as metas da Subcomissão está o estabelecimento de um plano para coibir o aumento excessivo dos fertilizantes", informou Hamm.
(Texto: Márcia Godinho Marinho - Assessora de Imprensa - (61) 32155467 / 99099010
www.afonsohamm.com.br)

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