Os deputados da Comissão de Agricultura da Câmara Federal (Capadr) são contra a mudança no sistema de registro genealógico de animais do Brasil. Segundo eles, não há justificativa para que sejam mudadas as entidades responsáveis pelos certificados, uma vez que o Ministério da Agricultura (Mapa), órgão que concede as habilitações, pode a qualquer momento também retirá-las e delegar outras para realizar o trabalho.
Em audiência pública na tarde desta terça-feira, 12, a Capadr discutiu as modificações propostas pelo Projeto de Lei 7.210/06, do deputado Betinho Rosado (DEM/RN), membro do colegiado, que pretende regionalizar os registros e ampliar a gama de entidades responsáveis por eles. O parlamentar criticou o fato de a ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e a Arco (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos) deterem o poder de realizar as certificações de todo o gado zebuíno e das diversas raças ovinas, respectivamente, existentes no País.
Para o deputado Abelardo Lupion (DEM/PR), a mudança pode atrapalhar a coleta de dados e fragilizar o sistema de registro genealógico atual, além de por em risco o patrimônio existente. Ele afirma que as entidades delegadas pelo Ministério da Agricultura são competentes nos serviços prestados aos criadores. A opinião foi reforçada pelo deputado Benedito de Lira (PP/AL). "Se houvesse algum problema com os registros, os criadores reclamariam. Não há qualquer tipo de dificuldade, as duas entidades estão cumprindo fielmente o compromisso com os criadores", disse.
Lira salientou, porém, a necessidade de buscar junto ao Mapa a criação de uma frente para acompanhar e ajudar a ovinocultura brasileira, que sofre – como foi explanado pelo presidente da Arco, Afonso Schwab – com pequena população e a incapacidade de oferecer as quantidades de carne, leite e lã necessárias para atender a demanda do País. Segundo Schwab, o Brasil importa 60% da carne ovina, além de grande porcentagem do leite e da lã consumidos aqui.
Betinho argumentou que o projeto tem sentido democrático e permite a autodeterminação dos criadores de quem irá fazer o registro. "Não há lei que obrigue que todos os criadores fiquem sujeitos a duas entidades para realizar os registros. É preciso que se entenda que outras associações criadas posteriormente à ABCZ e à Arco trabalham da mesma forma e podem executar as certificações", avaliou.
Luiz Antônio Josahkian, superintendente técnico da ABCZ, afirmou que a mudança pode fragmentar os bancos de dados, resultando no isolamento genético, dificultando as comparações e diferenciações entre as raças e aumentando os custos do processo de registro. "Quanto mais fracionarmos, mais desorganizados seremos e termos menos condições de desenvolver um trabalho. Temos que integrar os registros em apenas uma grande estrutura", acrescentou Afonso Schwab.
Em audiência pública na tarde desta terça-feira, 12, a Capadr discutiu as modificações propostas pelo Projeto de Lei 7.210/06, do deputado Betinho Rosado (DEM/RN), membro do colegiado, que pretende regionalizar os registros e ampliar a gama de entidades responsáveis por eles. O parlamentar criticou o fato de a ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e a Arco (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos) deterem o poder de realizar as certificações de todo o gado zebuíno e das diversas raças ovinas, respectivamente, existentes no País.
Para o deputado Abelardo Lupion (DEM/PR), a mudança pode atrapalhar a coleta de dados e fragilizar o sistema de registro genealógico atual, além de por em risco o patrimônio existente. Ele afirma que as entidades delegadas pelo Ministério da Agricultura são competentes nos serviços prestados aos criadores. A opinião foi reforçada pelo deputado Benedito de Lira (PP/AL). "Se houvesse algum problema com os registros, os criadores reclamariam. Não há qualquer tipo de dificuldade, as duas entidades estão cumprindo fielmente o compromisso com os criadores", disse.
Lira salientou, porém, a necessidade de buscar junto ao Mapa a criação de uma frente para acompanhar e ajudar a ovinocultura brasileira, que sofre – como foi explanado pelo presidente da Arco, Afonso Schwab – com pequena população e a incapacidade de oferecer as quantidades de carne, leite e lã necessárias para atender a demanda do País. Segundo Schwab, o Brasil importa 60% da carne ovina, além de grande porcentagem do leite e da lã consumidos aqui.
Betinho argumentou que o projeto tem sentido democrático e permite a autodeterminação dos criadores de quem irá fazer o registro. "Não há lei que obrigue que todos os criadores fiquem sujeitos a duas entidades para realizar os registros. É preciso que se entenda que outras associações criadas posteriormente à ABCZ e à Arco trabalham da mesma forma e podem executar as certificações", avaliou.
Luiz Antônio Josahkian, superintendente técnico da ABCZ, afirmou que a mudança pode fragmentar os bancos de dados, resultando no isolamento genético, dificultando as comparações e diferenciações entre as raças e aumentando os custos do processo de registro. "Quanto mais fracionarmos, mais desorganizados seremos e termos menos condições de desenvolver um trabalho. Temos que integrar os registros em apenas uma grande estrutura", acrescentou Afonso Schwab.
Legenda da foto: O deputado Fábio Souto (DEM/BA), ao centro, preside a a audiência sobre registro genealógico de animais. (Saulo Cruz/Agência Câmara)
Assessoria de Imprensa
Comissão de Agricultura da Câmara dos DeputadosRafael Walendorff
Janaína Figueiredo
061 3216.6402
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