terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Suecos querem conhecer produção agropecuária brasileira

Brasília, 26/02/08 - A produção brasileira de Agroenergia, a qualidade da carne bovina exportada e a plantação de cana de açúcar foram alguns assuntos discutidos na tarde desta terça-feira (26) entre membros da Comissão de Agricultura do Brasil e da Suécia. Cerca de quinze parlamentares suecos visitam o país a fim de conhecer melhor a produção agrícola brasileira.
Indagado sobre o volume de produção de etanol, o deputado Duarte Nogueira (PSDB/SP) iniciou a discussão afirmando que "o Brasil e os Estados Unidos são, juntos, os maiores produtores de etanol (70% da produção mundial). Em contrapartida, o país importa da Suécia, sobretudo, autopeças. Além disso, o Brasil exporta, dentre outros produtos, café em grãos, minério de cobre, carne e o próprio etanol. Segundo o deputado, a União Européia compra cerca de 38% de todos os produtos agrícolas brasileiros. Com isso, o Brasil pretende ampliar em 50% a sua produção de etanol nos próximos 10 anos".
Sobre a questão da energia renovável, o deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS) afirmou aos parlamentares suecos que "o Brasil tem potencial suficiente para produzir energia. Ele disse ainda que existem hoje cerca de 106 milhões de hectares que nunca foram plantados, e com isso o país pode aumentar a sua área de produção de cana-de-açúcar sem comprometer áreas já cultivadas". O parlamentar completou dizendo que "o potencial energético do Brasil é infinito".
Ainda durante o encontro, foi levantada uma questão que coloca em dúvida se a carne do Brasil tem chances de sofrer com a doença da "vaca louca" ou com a febre aftosa. O deputado César Silvestre (PPS/PR) esclareceu aos parlamentares suecos que "o Brasil possui aproximadamente 180 milhões de cabeças de gado de corte, sendo que 90% deles são engordados a pasto (sistema de criação extensiva) e 10%, com ração de produtos vegetais. Com isso, não existem riscos".
Em meio à questão polêmica sobre o embargo da carne brasileira pela União Européia, o presidente da Comissão de Agricultura da Suécia, deputado Ola Sundell, disse que o seu país "é a favor do mercado livre, e acredita que essa questão será resolvida em breve". Ele afirmou ainda que a sociedade sueca quer a volta da carne brasileira nas lojas, mas deixou claro que os parlamentares caminham juntos com as decisões da União Européia.
(foto: Os deputados brasileiros, Marcos Montes (DEM/MG), presidente da Comissão de Agricultura, e Cláudio Diaz (PSDB/RS) - à esquerda - recepcionaram a comitiva do parlamento sueco formada por 15 membros, entre eles, o chefe da delegação, deputado Ola Sundell - segundo da direita para a esquerda.)

Informações: Guida Gorga - Assessora de Comunicação - Comissão de Agricultura - Câmara dos Deputados -(61) 3216-6402

COMPLEMENTO:

Para comissão sueca, embargo às exportações
de carne para UE será logo resolvido

Brasília, 26 de fevereiro - O deputado federal Cláudio Diaz (PSDB-RS) e vários outros integrantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, incluindo o presidente Marcos Montes (DEM-MG), manifestaram em reunião com deputados suecos nesta terça-feira na Câmara dos Deputados preocupação e inconformismo com relação ao embargo feito pela União Européia à carne brasileira.

O chefe da delegação oficial sueca, formada por 15 membros, deputado Ola Sundell, do Partido Moderado, declarou que se não existe problema sanitário, a suspensão da compra de carne será logo resolvida. "Isso quer dizer que queremos carne brasileira na Suécia."

Segundo Cláudio Diaz, os parlamentares brasileiros argumentaram que o Brasil possui rebanho de 180 milhões de cabeças de gado de corte, onde mais de 90% são criados e engordados com pasto. Os outros 10% utilizam ração de origem vegetal, não oferecendo nenhum risco de doenças, como a vaca louca, por exemplo. Explicaram, ainda, que a carne exportada é desossada e maturada é com isso não há risco de febre aftosa. Os deputados questioram exigências feitas pela União Européia, que não são feitas também à Comunidade Européia e à Argentina, país vizinho do Brasil. A comissão européia respondeu que está no Brasil para resolver o assunto.

Informações: Maurício Exenberger/ Assessor dep. Cláudio Diaz (exenberger@gmail.com).

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