quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Glifosato: Comissão pede redução da tarifa

Comissão de Agricultura quer redução

da tarifa de importação do Glifosato chinês

Brasília, 13/02/08 - De acordo com a informação publicada ontem (12) no Diário Ofical da União (DOU) por meio da circular N° 05, de 11 de fevereiro de 2008, do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o governo se propõe a análisar a cobrança do imposto de importação do glifosato chinês.
A alíquota que vigorou até ontem sobre o defensivo agrícola que era de 35,8% e poderá baixar para um percentual entre 11 e 12%, até que os técnicos do Ministério terminem a avaliação. O prazo para revisão vai até fevereiro do ano que vem.
A solicitação de redução foi feita na semana passada pela Comissão de Agricultura como tentativa de baixar os custos do herbicida e melhorar a concorrência do produto no mercado.
Segundo o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Marcos Montes (DEM/MG), a ação é positiva. “A medida adotada pela Camex vai estimular a abertura do mercado do glifosato no Brasil e conseqüentemente ajudar o produtor a reduzir seus custos de produção. Uma medida que está de acordo com as demais ações da Comissão de Agricultura, que atua no sentido de proteger o produtor rural e a atividade rural produtiva", afirma.
O deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS), conduziu várias audiências públicas em 2007, nas quais foi discutido o aumento abusivo dos preços dos insumos agrícolas, entre eles do Glifosato. O setor agropecuário adquiriu, em 2007, cerca de 200 milhões de litros/kg do produto, dos quais, 153 milhões foram produzidos no Brasil. Outros 47 milhões foram importados, destes, 43 milhões dos Estados Unidos. Para Heinze, “não há razão para o produto nacional ser colocado no mercado com igual valor ao importado”, lembra.
Das empresas que dominam esse mercado, a Monsanto detém aproximadamente 80% de toda a produção e comercialização de glifosato em território nacional. Marcos Montes acredita que o corte da referida tarifa deverá promover a queda dos custos de produção das lavouras, favorecendo a concorrência saudável e desejável em produtos essenciais à produção agrícola e que impacta na produtividade nacional de alimentos.
Informações de revendas do produto no Rio Grande do Sul indicam que entre maio de 2006 e maio de 2007, o produto teve um incremento de quase 50% no preço, passando de R$ 6,50/litro para R$ 9,00/litro. Aumento que somente se justificaria se houvesse um incremento na valorização do dólar em relação à moeda nacional, o que não ocorreu nesse período. Na realidade, o valor da moeda americana perdeu gradualmente valor, sendo cotada a R$ 2,37, em 24/05/06 e R$1,96 em 24/05/07.
A abertura do mercado brasileiro para outros fornecedores internacionais dessa matéria prima vai impactar significamente e positivamente nos custos de produção do setor, alegam os parlamentares. (Guida Gorga/Nídia Rios - Capadr - contato: (61) 3216-6402).

Um comentário:

  1. Caros amigos

    Muito interessante o trabalho desta comissão em reduzir os preços da molécula de gliphosato,mas acredito que seria muito mais produtivo os trabalhos deste nobre grupo se focarmos na redução de preços dos fertlizantes ,os quais pesam mais nos custos de produção agrícola e são controlados por um veradeiro oligopólio estrangeiro.

    Atenciosamente

    Mario Guilherme P Ribeiro do Valle
    Pres Sindicato Prod Rurais Guaxupé -MG

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