quarta-feira, 6 de maio de 2009

Influenza A: FPA defende campanha de esclarecimento

Objetivo é evitar queda no consumo do produto de origem suína.
OIE afirma que consumo não transmite doença
A Frente Parlamentar da Agropecuária defende a realização de uma grande campanha de esclarecimento para mostrar que a gripe Influenza tipo A não pode ser transmitida através do consumo de produtos de origem suína. "Os meios de comunicação deveriam esclarecer que não há registros de que a doença tenha atingido animais, portanto, segundo a Organização Mundial para a Saúde Animal, não há motivos para deixar de consumir carne de porco e seus derivados", salientou o deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), presidente da FPA. Segundo ele, do total de produtos oriundos da suinocultura consumidos no Brasil, apenas 20% são importados. "Neste momento é preciso valorizar o produtor nacional", frisou.
Durante audiência nesta terça-feira (5/5) na Comissão de Relações Exteriores do Senado, parlamentares e representantes da cadeira produtiva discutiram os efeitos da Influenza tipo A no mercado da suinocultura.
Ao apoiar um maior esclarecimento sobre os verdadeiros riscos da Influenza tipo A, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) lembrou que o suinocultor já enfrentava queda brusca na renda e dificuldade de acesso às linhas de crédito. Pedro de Camargo Neto mostrou que as exportações de carne suína caíram 50% desde o final do ano passado e criticou a demora do governo em colocar em prática as ações de apoio ao setor. "Os bancos não flexibilizam as exigências para a liberação do crédito às cooperativas", critica.
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) lamentou que o surto de Influenza tipo A surgiu logo após a grave crise do crédito que abalou as economias de todo o mundo. Enori Barbieri lembrou que a suinocultura catarinense acumulou, no final de 2008, 50 mil toneladas de carne suína estocada. "Existem cerca de cinco mil pequenos agricultores em Santa Catarina que estão prestes a larga a atividade por falta de financiamento", protestou.
Na ocasião, Colatto destacou a publicação no Diário Oficial da União, na segunda-feira (4/5), da Portaria interministerial 279/2009, que abriu linha de financiamento para produtores e cooperativas agroindustriais do setor da suinocultura. Ele defendeu uma maior agilidade dos bancos na liberação dos recursos. "Espero que os bancos tenham boa vontade para irrigar o crédito e beneficiar os pequenos produtores, que são os mais prejudicados", acrescentou.


Informações:
Frente Parlamentar da Agropecuária
Assessoria de Imprensa
Vinícius Tavares (61) 8460.0532 e 3215.3610

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