quarta-feira, 16 de maio de 2012

Regulamentação de programa de aquisição de alimentos foi tema de debate na Comissão de Agricultura


Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) prevê atender 450 mil famílias da agricultura familiar, até 2014. Dentre esses produtores, 255 mil estão em extrema pobreza. A afirmação foi feita pela secretária nacional da Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi, nesta terça-feira (15), durante a audiência pública que debateu a regulamentação do PAA, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

O programa criado em 2003, é uma das ações do Fome Zero, com objetivo de garantir às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias. Com a formação de estoques estratégicos, permite aos agricultores familiares armazenar produtos para comercialização a preços mais justos, favorecendo a inclusão social no campo. Outra meta é beneficiar as comunidades quilombolas e indígenas. 

O PAA é um instrumento importante para melhoria das condições de vida da agricultura familiar, para a distribuição de renda e o fortalecimento do cooperativismo regional, segundo a avaliação de Antonino Rovaris, secretário de Políticas Agrícolas da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Para ele, no entanto, é preciso ampliar o programa.

A contribuição somente por parte do governo não é suficiente para que o programa decole, opinou Gregory Honczar, gerente de Desenvolvimento de ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras, que também participou da audiência.

- O programa é importante socialmente porque atua em duas pontas vulneráveis: o agricultor familiar e os destinatários dos alimentos – afirmou Mesaque Kecot Veres, representante da Confederação Nacional da Agricultura.  Ele acrescentou que é necessário a ampliação do crédito rural para o agricultor familiar para custear a pequena produção.

A iniciativa da audiência pública foi dos deputados Assis do Couto (PT-PR) e Zé Silva (PDT-MG).

Por Isabela Guarieiro

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