quarta-feira, 16 de maio de 2012

CAPADR promoveu debate sobre o Código Florestal


A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr) promoveu na manhã desta quarta-feira (16) uma audiência pública que  debateu os impactos e os pontos polêmicos  do  Código Florestal Brasileiro aprovado pela Câmara Federal no mês passado. A iniciativa da reunião  foi dos deputados Nilson Leitão (PSDB-MT), Alceu Moreira (PMDB-RS), Assis do Couto (PT-PR), Bohn Gass (PT-RS) e Homero Pereira (PSD-MT). Coordenou  os acalorados debates o presidente da Capadr Raimundo Gomes de Matos e teve como mediador o ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

O palestrante, professor Marcos Fava Neves, da Universidade de São Paulo, fez uma apresentação mostrando a força do setor produtivo rural e as oportunidades que se abrem para o Brasil de liderar uma nova pauta da economia verdade. Ele sugeriu aos participantes da audiência a levarem para casa a seguinte mensagem: “o Brasil produz a melhor, a maior e mais sustentável agricultura do planeta... o fornecedor mundial de alimentos”. E disse mais: “Associar crescimento da produção alimentos a desmatamento é uma ofensa ao Brasil, assim como fomentar a discórdia entre ruralistas e ambientalistas”.

 Como expositor da audiência, o relator do projeto na Câmara Federal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), alertou que “muitas das críticas feitas ao texto aprovado pelo Plenário da Câmara Federal, no último dia 25, revelam  total desinformação sobre o assunto. Ao longo dos debates, Piau reforçou que a sua proposta não incentiva desmatamento ou permite anistia, mas apenas consolida a produção em áreas de preservação, o que historicamente já vinha ocorrendo nas últimas décadas.

 Em relação aos questionamentos sobre ausência de regras para a recomposição de áreas às margens de rios de largura superior a dez metros, o relator avaliou que estas áreas não ficaram desprotegidas pelo código. Segundo ele, o texto indica que as chamadas APPs para recomposição deverão ser definidas pelos órgãos ambientais que compõem o sistema nacional de meio ambiente conforme as características de cada região. Piau destacou que a diversidade dos biomas brasileiros torna necessária uma discussão regionalizada das regras ambientais.

O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) que presidiu a reunião de acalorados debates  afirmou  que os parlamentares do agronegócio e ambientalistas têm consciência de que muitos dos itens do Senado colocados dentro do novo Código Florestal foram acatados pelo relator e pela Câmara Federal. Gomes de Matos explicou que parlamentares ainda vão elucidar os ganhos e repercussões sobre um possível veto pela presidente Dilma Rousseff. “Estão fazendo manifestação pelo veto total. Mas defendo que a presidente não vete tudo.” 

Segundo o presidente da Capar, o governo tenta colocar o agronegócio em uma posição contrária ao meio ambiente, mas a própria presidente edita uma medida provisória diminuindo áreas de conservação (MP 558). Há compromisso desta Casa para que o País melhore seu PIB com sustentabilidade. Houve amplo debate sobre este tema disse o presidente da Comissão da Agricultura, que coordenou audiência pública sobre o novo Código Florestal Brasileiro. A presidente Dilma Rousseff  tem até o  próximo dia 25 para sancioná-lo ou vetá-lo no todo ou parte do texto.  

Com Frente Parlamentar da Agricultura

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