sexta-feira, 29 de junho de 2012

Capadr promoveu audiência pública para debater mudanças no Código Florestal



A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Capadr), da Câmara dos Deputados, realizou na manhã de quarta-feira (27) audiência pública para debater as alterações propostas ao Código Florestal na Medida Provisória nº 571/2012. A reunião foi solicitada pelos deputados Ronaldo Caiado (DEM – GO) e Abelardo Lupion (DEM  -PR), e foi coordenada pelo presidente da Capadr, deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB – CE).
 
Para falar sobre as questões jurídicas do Código Florestal foi convidado o Dr. Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin, Ministro do Superior Tribunal de Justiça. O Ministro citou duas questões que ainda são mais complexas e devém ser vistas. A primeira é o caso da conservação das nascentes. Os proprietários rurais precisam de proteção em relação ao uso e para ele a solução seria manter o código de 1965. A segunda questão complexa citada pelo Ministro foi o Pantanal. Para ele esse foi o único bioma que ficou judicialmente desprotegido no novo código. Apesar disso, o Ministro colocou o código como essencial, pois é a segurança jurídica para os proprietários rurais. 

O Dr. João de Deus Medeiros, professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina, discursou sobre os conflitos na adequação do novo código. Para o professor, a revisão no Código Florestal é importante para conciliação da norma, para que possam funcionar as atividades humanas em operação no meio ambiente. Ele ressaltou ainda que o novo texto segue as mesmas regras para conservação, e projeta o cumprimento de metas de recomposição.

Além disso, o Dr. Celso Luiz Moretti, pesquisador da Embrapa, classificou o novo Código Florestal como um documento moderno e maduro, pois foi amplamente debatido e o processo foi realizado de forma democrática. O Dr. Moretti lembrou também que o art. 61 da MP 571/2012 mantêm os valores das faixas de proteção em todo o país. Ou seja, no novo código todos os estados do país irão continuar com os mesmos números de áreas preservadas.

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