O encontro contou com a presença do Coordenador Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária, Oscar de Aguiar Rosa Filho, do coordenador geral de produção de plantas, José Geraldo Ribeiro, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Maçao Tadano e do departamento de Sanidade Vegetal, Girabis Ramos, todos do Ministério da Agricultura.
Durante audiência, os responsáveis pelo departamento do Ministério informaram à comitiva que o convênio do projeto de Erradicação teve parecer técnico favorável. Albuquerque conta que o projeto chegou de Porto Alegre (RS) no dia anterior e foi feito um esforço para que tramitasse no Departamento de Sanidade Vegetal e ainda no dia 18 de dezembro chegasse a Coordenação de Apoio Operacional (CAO) para que o recurso fosse empenhado para dar continuidade ao programa de Erradicação, tendo em vista que esta data era a última para que o recurso fosse empenhado, o que de fato ocorreu. O valor total do convênio é de R$ 1 milhão e 500 mil, sendo que R$ 1 milhão e 200 mil será investido pelo governo federal. O restante ficará por conta dos produtores de maçãs, sócios da ABPM.
Ações
O recurso será investido em ações de monitoramento da praga, principalmente nas quatro cidades integrantes do programa: Lages em Santa Catarina, Vacaria, Caxias do Sul e Bom Jesus, no Rio Grande do Sul, locais que a cydia se estabeleceu nas regiões urbanas. O montante também será aplicado na erradicação de árvores hospedeiras; equipes para verificação de ocorrência de rebrotes e replantio nas propriedades onde a remoção de hospedeiro já havia sido realizada. O recurso também será aplicado em campanha de divulgação para conscientização da comunidade dos quatro municípios, bem como, dos produtores de frutas ameaçados pela praga.
O representante da ABPM comenta que a entidade desde agosto, período em que iniciou o ciclo da cydia, está fazendo monitoramento para verificar em quais pontos a praga se encontra em cada município, bem como, para mensurar os resultados dos programas, que segundo Albuquerque são extraordinários.
A Cydia pomonella é uma das maiores ameaças à pomicultura em nível mundial. A praga não ataca apenas a maçã, mas as rosáceas de maneira geral: pêra, pêssego, nectarina, marmelo e outras que geram direta e indiretamente mais de 150 mil empregos em nosso País. O custo de tentativa de controle químico, caso a praga atingisse os pomares comerciais, geraria ao redor de R$ 850,00/ha/ano, ou seja, os produtores brasileiros de maçã poderiam juntos chegar a gastar mais de R$ 30 milhões. A perda de produção causada pela mariposa está ao redor de 5%, o que no Brasil, representaria cerca de 50 mil toneladas, e um prejuízo de mais de R$ 70 milhões por ano.
Hamm destaca a importância de manter essa parceria para dar seqüência ao programa oficial de erradicação da praga que está entre os mais bem sucedidos da área de defesa vegetal. "A seqüência desse programa é de suma importância para conseguirmos afastar de vez a ameaça de estabelecimento desta praga que é reconhecidamente uma das mais temíveis da fruticultura em nível mundial", conclui. (Márcia Marinho/Ass. Afonso Hamm – (61) 32155467 / 99099010 – imprensamarciamarinho@gmail.com) -
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