Os deputados da Comissão de Agricultura da Câmara Federal (Capadr) são contra a limitação no exercício das profissões de engenheiro agrônomo e de veterinário na área de zootecnia. Segundo eles, os resultados alcançados no agronegócio brasileiro até hoje se devem à cooperação desses profissionais que atuaram de forma competente também como zootecnistas, e o futuro do setor depende do mesmo empenho e atuação.
Em audiência pública na tarde desta terça-feira, 5, a Capadr recebeu representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) para debater o Projeto de Lei n.º 2.824/08, do deputado Zequinha Marinho (PMDB/PA), que propõe o veto ao exercício da profissão de zootecnista a agrônomos e veterinários.
Para o presidente do colegiado, deputado Fábio Souto (DEM/BA), o encontro foi bastante esclarecedor e ajudou os deputados a formar opiniões sobre o assunto.
"A aprovação do veto compromete o futuro do agronegócio brasileiro", salientou o assessor do gabinete da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Fernando José Ferreira da Silva. Ele disse que o número de zootecnistas qualificados existente no Brasil é insuficiente para atender a demanda do mercado, o que acarretaria repercussões negativas até mesmo dentro da Embrapa e outras entidades.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) ressaltou que as áreas de atuação das três profissões são conjuntas e complementares e que por isso não devem ser restringidas a uns ou a outros. "Ao invés de se apartar, precisamos continuar de mãos dadas para alavancar a agropecuária brasileira", avaliou. Para o deputado Afonso Hamm (PP/RS) seria injustiça aprovar o cerceamento do direito de futuros profissionais. "O projeto de lei restringe e retira atribuição que os profissionais têm competência de exercer. A garantia de um emprego não depende da especialização, mas sim da competência e do aprofundamento seja do veterinário, do engenheiro agrônomo ou do zootecnista", avaliou.
Já o deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR) acredita que o assunto precisa ser melhor discutido. Ele se antecipou e apresentou a posição que dará na votação do PL 2.824/08. O parlamentar vai pedir vista para estudar e avaliar mais profundamente a questão. "É preciso atender o grito dos zootecnistas que se sentem injustiçados nesse contexto". Wandenkolk Gonçalves (PSDB/PA), vice-presidente da Comissão, também deve pedir vista à matéria.
Em audiência pública na tarde desta terça-feira, 5, a Capadr recebeu representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) para debater o Projeto de Lei n.º 2.824/08, do deputado Zequinha Marinho (PMDB/PA), que propõe o veto ao exercício da profissão de zootecnista a agrônomos e veterinários.
Para o presidente do colegiado, deputado Fábio Souto (DEM/BA), o encontro foi bastante esclarecedor e ajudou os deputados a formar opiniões sobre o assunto.
"A aprovação do veto compromete o futuro do agronegócio brasileiro", salientou o assessor do gabinete da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Fernando José Ferreira da Silva. Ele disse que o número de zootecnistas qualificados existente no Brasil é insuficiente para atender a demanda do mercado, o que acarretaria repercussões negativas até mesmo dentro da Embrapa e outras entidades.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) ressaltou que as áreas de atuação das três profissões são conjuntas e complementares e que por isso não devem ser restringidas a uns ou a outros. "Ao invés de se apartar, precisamos continuar de mãos dadas para alavancar a agropecuária brasileira", avaliou. Para o deputado Afonso Hamm (PP/RS) seria injustiça aprovar o cerceamento do direito de futuros profissionais. "O projeto de lei restringe e retira atribuição que os profissionais têm competência de exercer. A garantia de um emprego não depende da especialização, mas sim da competência e do aprofundamento seja do veterinário, do engenheiro agrônomo ou do zootecnista", avaliou.
Já o deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR) acredita que o assunto precisa ser melhor discutido. Ele se antecipou e apresentou a posição que dará na votação do PL 2.824/08. O parlamentar vai pedir vista para estudar e avaliar mais profundamente a questão. "É preciso atender o grito dos zootecnistas que se sentem injustiçados nesse contexto". Wandenkolk Gonçalves (PSDB/PA), vice-presidente da Comissão, também deve pedir vista à matéria.
Especialização
A professora Célia Carrer, chefe do Departamento de Ciências Básicas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo e representante da ABZ, defendeu a aprovação da mudança que, segundo ela, faria justiça aos zootecnistas e possibilitaria melhor atendimento à sociedade. Carrer afirmou que o curso de zootecnia tem conteúdos específicos e que são contemplados em apenas 12% dos cursos de veterinária e agronomia do Brasil. Ela considera imoral permitir a titulação de zootecnista a outros profissionais.
De acordo com Rafael Mondadori, presidente da Comissão Nacional de Ensino da Medicina Veterinária, hoje existem pouco mais de 11 mil zootecnistas filiados ao CFMV, dos quais apenas 7.618 são atuantes. Esse número, segundo ele, é incapaz de atender a demanda do País.
Estudantes dos cursos de zootecnia e de veterinária de faculdades de Brasília compareceram à audiência. Os zootecnistas vestiam camisetas com mensagens pedindo a aprovação do PL.
Legenda da foto: O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Fábio Souto (DEM/BA) - ao centro - comandou a audiência pública que debateu o veto ao exercício de zootecnista para agrônomos e veterinários. (Foto: Janaína Figueiredo).
Assessoria de Imprensa
Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados
Rafael Walendorff
Janaína Figueiredo
061 3216.6402
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